Coordinación del sistema agroindustrial de carne: determinantes de acuerdos contractuales entre productores y procesadores en Uruguay

Tesis de Maestría en Economía, Departamento de Economía, Univ. de São Paulo, Brasil.

ABSTRACT:

Quais os determinantes da escolha do arranjo contratual nas transações entre produtores e
processadores de carne bovina no Uruguai? A pergunta problema se insere no estudo dos
mecanismos de coordenação associados ao problema do controle da produção para dar
respostas às novas preocupações e demandas dos consumidores. A coordenação do sistema
agroindustrial (SAG) da carne bovina uruguaia adquire maior relevância, não apenas para dar
garantias de produtos seguros e com atributos específicos de qualidade aos consumidores, mas
também para reagir rapidamente frente a mudanças e para explorar as oportunidades que o
acesso a mercados de alto valor oferece (exporta-se 75% da produção). Coexistem diversos
arranjos contratuais, dentre os quais o arranjo direto e via intermediário são os dominantes.
Abordagem teórica: Economia dos Custos de Transação que focaliza a compreensão dos
motivos que explicam a emergência e adaptação de arranjos contratuais em resposta aos
desafios de ganhos de eficiência “economizando” nos custos de realização das transações
entre os agentes econômicos. Método: Foram analisadas as mudanças no ambiente
institucional e organizacional nos mercados finais e no Uruguai; as novas oportunidades e
estratégias no SAG da carne bovina; e o SAG uruguaio desde o consumo à produção. De
modo particular, analisou-se a transação produtor-processador no que se refere aos arranjos
contratuais existentes e às dimensões da transação (especificidade dos ativos físicos e
humanos envolvidos na produção e processamento, locacional, freqüência e incerteza). Foram
identificados os determinantes da escolha dos arranjos contratuais dominantes (direto e via
intermediário). Por último realizou-se um teste estatístico das relações causais identificadas
com painel de dados do total das transações realizadas no Uruguai (77.000 transações,
2004/2005). Resultados: Encontrou-se relação estatisticamente significativa entre a escolha do
arranjo contratual na transação produtor-processador e os determinantes identificados. Uma
transação tem maior probabilidade de se alinhar com o arranjo contratual direto (mais
coordenado) quanto maior o grau de especificidade dos ativos envolvidos na produção e
processamento do produto transacionado (ex.: novilhos precoces), quanto menor a distância
entre o produtor e o processador, e quanto maior a freqüência das transações entre as partes
envolvidas. O arranjo contratual direto facilita a coordenação das transações que envolvem
produtos com atributos de maior qualidade. Os intermediários apresentam vantagens em
transações de produtos genéricos (menor grau de ativos específicos) e com baixa freqüência
de transação entre o produtor e processador envolvido. A busca por qualidade envolve
investimentos específicos na produção e processamento e, em conseqüência, maior
dependência bilateral entre os agentes dessas atividades. A dinâmica do SAG e o negócio da
carne bovina dependem de dois conjuntos de produtos -baixa e alta qualidade- ligados a
mercados diferentes. O subsistema que orienta as estratégias na busca de produtos de maior
qualidade envolve arranjos mais coordenados. Do presente trabalho decorrem implicações
para os atores do SAG e para as políticas públicas setoriais em torno a uma “estratégia país”
com foco em produtos cárnicos de alta qualidade e valor.

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